Mas qual o problema disso? Não é só marketing? O problema é aquele tipo de pessoa que se deixa levar pelas emoções da trilha sonora do trailer e notícias sensacionalistas das mídias especializadas; e que tende a aceitar o que lhes dizem sobre a qualidade do filme ou série como verdade absoluta, sem nem sequer parar pra pensar se gostaram do produto que lhes foi entregue. A este tipo, dou o nome de Berenice.
Berenice se comovendo com mais um trailer... |
“Ah, eu sei que você não gostou dos outros dezenove trailers que saíram, mas esse vai te fazer adorar o filme!”. Isto é muito estranho de se dizer. Você já não tem mais interesse no longa, e ela insiste que ainda pode te fazer gostar. Seja com trailers, ou notícias extravagantes; ela, que ficou gamadinha no filme, tenta te empurrar aquela história goela abaixo. Isso é muito chato.
Quem disse Berenice? |
Mas quando encerra a sessão, a Berenice vê que o filme era bem ruim, coisa que você já sabia. O trailer foi melhor que o longa do início ao fim. Mas a fé dela ainda continua ali, mesmo que abalada. Ela quer porque quer gostar do que viu. Eis que surge mais uma vez a mídia especializada, fazendo zilhões de elogios onde não existem, e ajudando a Berenice a ter motivos pra gostar do que passou na telona.
Logo, lá está a Berenice gritando no seu ouvido de novo, sobre o quanto aquela porcaria cinematográfica é sensacional, incrível, original, etc. etc. etc. Isso é um saco. Ela não quer aceitar que o filme é ruim. Então você pergunta: Quem disse, Berenice? E ela dá a mesma resposta: “Alguém me falou!” E o ciclo se repete. Fica nessa palhaçada.
O filme ruim ganha dinheiro em cima da pobre Berenice, que é fraquinha na mente e engole tudo o que lhe impõem com verdade, já que ela não tem opinião própria. Vê se cresce Berenice!
Então, da próxima vez que quiserem te fazer acreditar que algo é bom, é melhor perguntar antes: Quem disse, Berenice?
PS DO RAFA TEKKEN:
SEGURA BERENICE!