Nosferatu: O Drácula Não-Oficial

"Nosferatu": palavra arcaico Romeno, sinônimo para vampiro,traduzida como repugnante, impuro, também serve como vernáculo romeno para Satanás (o diabo)
Melhor Deus ex machina do desenho-animado Bob Esponja
Nosferatu, eine Symphonie des Grauens, ou traduzindo, Uma Sinfonia de Horror, é o percussor de todos os filmes de terror e horror, do culto popular do vampiro morto ao ser exposto ao sol; é basicamente uma obra-prima do cinema, um dos vários primeiros a surgir, e simplesmente traumatizar seus espectadores. E vale até os dias de hoje!

ZUUL MOTHAFUCKA, ZUUL!!!
Antes de Lugosi; antes da Universal; antes do Christopher Lee; antes dos estúdios Hammer; antes do Coppola; antes de Gary Oldman; antes de Crepus... Não, não, esse não, de jeito nenhum... Bem, antes de todos esses sucessos que ficaram no imaginário da cultura pop (Crepúsculo também, queira ou não, infelizmente), tivemos a realização de um filme baseado na, umas das mais conhecidas e famosa, que por sinal, as peças de teatro e os filmes, obviamente, ajudaram, e muito para o livro ser mais conhecido, Dracula, de autoria de Bram Stoker, que por sua vez, se não me engano, é baseado no mito que Vlad, o empalhador, era um vampiro, e tinha uma irmã ou esposa, ou nem tinha conexão, mas existia uma princesa que se banhava com sangue dos outros, pois assim achava que se tornaria imortal... Que mundo...

Fujam para as colinas!
Nosferatu, Uma Sinfonia de Horror nada mais é do que uma adaptação não autorizada do livro. E já que estavam arriscando tanto, decidiram alterar detalhes como os nomes dos personagens, que basicamente o conde Drácula se tornou conde Orlok; o caçador de vampiros, Abraham Van Helsing, foi omitido; a trama se passa em cidadezinha chamada Wisborg; a morte do antagonista (isso não é nenhum spoiler, não apenas os filmes tem mais de 9 décadas, e o livro também), acabou sendo alterada pela sua exposição ao sol, algo que ficou tão marcante na cultura pop.

A estória... Digo, história, é basicamente a mesma do original, com exceção do que eu já falei acima.

Escrito pelo austríaco Henrik Galeen, que já havia trabalhado no roteiro de O Golem: Como Ele Veio Ao Mundo, de 1920 (que se não me engano, foi essa versão, ou talvez outra feita alguns anos antes desse, que serviu de inspiração para The Bride of Frankenstein, de 1935, que por si só já tem várias outras referências nele), ou seja, uma figura muito influente no cinema, principalmente pela apresentação ao Expressionismo Alemão, aqui elevou sua carreira para ser futuramente conhecido. 


Agora, algo interessante, ou melhor, alguém muito interessante: Max Schreck. Nascido em 1879 (teóricos de conspiração já falam que fazem ligação do nascimento dele, com a publicação do livro do Stoker: 1897), faleceu em 1836. Era alemão, e ator de teatro, já relatado que gostava de personagens grotescos e incomuns, assim como o mais conhecido seu, conde Orlok.
A lenda se inicia quando dizem que ele "surgiu" do nada para a produção do Nosferatu, e do mesmo jeito, simplesmente desapareceu. E a partir dai, começou a teoria que ele era realmente um vampiro, já que ele está... Assustador, demais, no filme. Mas nop; ele era um ator de teatro, e após o lançamento do filme, continuo na carreira, até sua morte. Ele inclusive teve uma esposa, Fanny Normann, outra atriz, que inclusive, até teve uma aparição no filme, se não me engano.


A lenda sobre Schreck acabou virando filme: Shrek, da Dreamworks, inclusive teve 3 sequências A Sombra do Vampiro (2000), onde o excelente William Dafoe interpreta o Schreck. E o mais interessante, é que por si só, sem maquiagem alguma, Dafoe já é assustador, por natureza mesmo, tal como Jack Nicholson e Al Pacino.

Em Batman Returns (1992), Christopher Walkin interpreta Max Shreck, que na primeira vez que assisti, a milênios atrás, achava que ele viraria o Duas-Caras, embora no primeiro filme o Harvey Dent existia, e era negro, e no Eternamente, ele estava lá, mas era branco, e velho, e esquisito demais. Enfim, Burton e os roteiristas, decidiram homenageá-lo assim. 

Nosferatu foi gravado com apenas uma câmera, ou seja, tinha apenas um negativo. Após seu lançamento, todas as cópias do filme foram queimadas, simplesmente porque a esposa de Stoker venceu uma ação judicial contra o filme, que, já como sabem, eles não tinha os direitos da obra. Mas eis que surgem cópias ainda intactas, e o culto sobre o filme se iniciou. 

O filme teve um remake: Nosferatu: O Vampiro da Noite (1979). Coberto com uma prótese facial, Klaus Kinski interpreta Orlok... Quer dizer, Drácula, agora, pois já que os direitos da obra já tinha expirado, então Werner Hazog, diretor do filme, decidiu utilizar os nomes originais da obra. 

É um filme bacana, tipo de filme recomendado para tardes chuvosas.

Eu estava cochilando, sabia?!
Nosferatu, sem sombra de dúvidas, é uma das maiores influências para o cinema que conhecemos hoje. É até um pouco chatinho de se assistir, talvez porque após assistir o espetacular Drácula, de Bram Stoker (1990), é difícil achar outra versão melhor que essa. Embora, seja errado compara-lo, ok.  


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