As Lutas Épicas de Lightsabers em Guerra nas Estrelas!

Nem vá achando que irá encontrar essa cena especifica no filme. Evidentemente ela foi feita só para o teaser.



Este post contém spoilers de "O Despertar da Força"

"Uma arma elegante para tempos mais civilizados", foi o que disse Ben Kenobi ao jovem fazendeiro Luke Skywalker enquanto lhe mostrava uma espada lazer, como alguns chamam. Certamente, o sabre de luz, ou lightsaber, é a arma mais elegante dos cinemas. Desde que os espectadores presenciaram a primeira luta de sabres de luz em

Guerra nas Estrelas
1977


onde o ex-aprendiz do antes conhecido como Obi-Wan Kenobi, Darth Vader, enfrenta-o numa luta de guerreiros que deixam sua cicatrizes do passado bem explícitas em seus diálogos ("Quando o deixei, era apenas um aluno. Agora sou o mestre"). É o reencontro épico entre o mentor da nova esperança da galáxia, e sua "cria" com problemas de respiração e olhos do demonho que virou do lado do Império Galáctico. Um dos momentos mais épicos da 7ª arte.

Claro que, não só comparada aos filmes seguintes, mas, isoladamente, a luta não tem uma coreografia exemplar, e acaba até por ser um pouco chatinha. Mas isso não tira o mérito de toda a essência da cena, digamos assim, que eu mencionei no parágrafo anterior. Ainda existe tensão na cena pelo simples fato de sabermos (por alto, basicamente) quem é quem ali se enfrentando (bem, no filme seguinte descobrimos mais alguma coisa...).

Acho interessante que os rascunhos do primeiro filme ainda tinham seu teor místico em relação aos Jedi e Sith, e ainda assim parecia mais uma fantasia oriental, até chegar ao que é hoje. E um dos conceitos que Lucas abandonou quando já tinha o roteiro da versão final do filme que vemos e nos apaixonamos e depois odiamos as adições digitais feitas por ele, era que os Stormtroopers teriam lightsabers; diferente dessa imagem de "soldado com armas de fogo" (ou melhor, blasters), e mais como cavaleiros medievais, tanto que tinham escudos. Ainda bem que o uso das lightsabers ficou limitada a esse personagens que são usuários da força (a algumas exceções como Han Solo, mas ele não luta com ela), dando ainda mais o tom místico do objeto.

O mundo ainda não havia nem visto o que Darth Vader era capaz de fazer além de ser um mero carrasco; cavaleiro negro do Grand Moff Tarkin...

1980


Essa trilogia é uma aula de como fazer uma trilogia (Trilogia Bourne aprendeu bem).

Com a apresentação de todo aquele universo fantástico e novo, e ao mesmo tempo "velho" por ser uma mescla de tudo de bom em filmes de samurai, faroeste e space opera, em "Guerra nas Estrelas", AKA "Uma Nova Esperança", o segundo filme o expande mais e, não só deixa finais em aberto e ganchos para possíveis (na época) novos filmes, como também apresenta novos personagens e elementos tomando interessantíssimos (Lando, o Imperador, Yoda, uma maior exploração do que é a Força, AT-AT, etc), munido a um tom, clima, atmosfera depressiva, pois, afinal de contas, o título não é quaisquer coisa não: ele promete exatamente isso, o Império levando a melhor.

Se fosse atualmente, seria: "Star WarsRevelations"
Não bastasse o clima gelido de Hoth, o filme inteiro é denso e frio; auxiliado pela belíssima fotografia, o tema de Darth Vader, a "Marcha Imperial", de John Williams, e a direção competente de Irvin Kershner. Tudo isso foi preparado para o verdadeiro embate entre Luke Skywalker e o Lorde Vader. Um jovem aprendiz Jedi ("The Force is with you, young Skywalker... But you are not a jedi yet"), inexperiente no combate e com sede de vingança, versus o poderoso usuário da Lado Negro da Força que "saca" o seu lightsaber na maior serenidade, lutando com apenas uma mão e provocando o padawan a cada minuto.

Uma magistral luta inspirada em Kendo, onde a cena de ação é um meio narrativo excelente, mostrando o embate tenso e fadado ao fracasso do ainda-aprendiz e o mestre sombrio. Mas nem mesmo Luke e os espectadores esperavam umas das maiores reviravoltas que o cinema já teve. Basta olha quantas vezes essa cena do plot twist foi referenciada tantas vezes ao longo dos anos.

1983


A saga da família Skywalker chega ao seu fim (será?) quando pai e filho se encontram perante ao Imperador, dentro da 2ª Estrela da Morte. Simultaneamente, o Imperador, também conhecido por Papaltine, e para os íntimos, Darth Sidious, armou uma armadilha para os Rebeldes que pretendem destruir a base que sustenta o escudo da Estrela da Morte, na lua de Endor, para assim a outra frota de Rebeldes destruir a arma mortífera. 

O clímax desse filme é perfeitamente editado e dirigido por Richard Marquand, levando em consideração que poderia ter se tornado uma bagunça, ou uma poderia ter um tempo de tela menor que a outra, tornando-se desinteressante (como é o caso de um certo capítulo que falo mais logo abaixo). MAS, isso não acontece. "O Retorno de Jedi" não é casa de caboclo para ser uma bagunça, e nem o filme fraco que muitos consideram; muito pelo contrário, é um fechamento de um ciclo excepcional: a escolha final de Luke em sucumbir ao Lado Negro ou Bom da Força, e como ele sempre luta na defensiva contra seu pai, pois o que ele quer é que ele volte a ser o Anakin Skywalker que ele foi um dia (Mas não necessariamente o do Hayden Christensen, não, não, não...).



Com uma música de fundo lindamente trágica, uma coreografia ótima, e um desfecho muito satisfatório (afinal de contas, Anakin cumpriu a tal profecia, e trouxe equilíbrio a Força), esse é certamente um dos momentos mais emocionantes de toda a franquia, não só pelo clímax triplo, mas por esse especificamente, onde vemos que Darth Vader, nada mais é do que só mais um peão substituível da master mind de toda a "era das trevas" na galáxia (na verdade pode-se considera-lo um peão da Força que o fez de "Escolhido"): O Imperador. E Luke será o responsável por ocupar seu lugar, ou para traze-lo de volta a luz. E ele faz o último: o sacrifício final de Anakin foi seguido por uma cena bonita entre pai e filho se despedindo, após muitos conflitos.

(Em Off: quando criança, adorava "O Retorno de Jedi", justamente pelas cenas que Luke lutava com o novo lightsaber verde dele. Na minha mente infantil, "verde=bom" e "vermelho=mal" para sempre. Então quando fui assistir "Harry Potter e o Cálice de Fogo", minha mente enlouqueceu, pois o feixe de luz da varinha do Voldemort era verde, e do Harry era vermelho. Tipo... O mundo não era pra ser simples?)

Só um questionamento: só eu, ou mais alguém acha que o clímax de "Velozes e Furiosos 7" é uma adaptação total do clímax do "Retorno da/de/di/do/du Jedi"? Ou foi só devaneio meu quando assisti pela primeira e única vez ao filme?

1999


SABRE DUPLO! JEDIS! UOOOOOOOOOOOOOOU! QUE EMOSSAUM!

De fato, com uma coreografia magistral, adição do interessante e subutilizado Darth Maul, interpretado pelo dublê Ray Park (Snake Eyes nos "G.I. Joe", Groxo em "X-Men", Rugal em "The King of Fighters"), e um inspiradíssimo John Williams dando muito sangue e suor ao criar um verdadeiro tema de Space Opera (ao estilo do próprio tema oficial da série), essa cena é ótima sim (tirando a batalha simultânea envolvendo o jovem Anakin).   



Sem entrar nos inúmeros deméritos, não só desse filme, como a trilogia prequel, mas esse combate é emociante e demostra bem as características dos 2 Jedi e o Sith envolvido nos combate.

Qui-Gon calmo e sereno, Darth Maul como uma besta-fera-selvagem e Obi-Wan como um guerreiro querendo entrar em combate, mas ainda assim nervoso pelo mesmo.

Tendo como tem "ecos" durante a série, como por exemplo partes do corpo sendo decepadas por lightsabers e mentores sendo mortos pelo antagonista principal, aqui não seria diferente com esse último exemplo: Qui-Gon morre na frente de Obi-Wan (assim como Obi-Wan na frente de Luke... E Han Solo na frente de Rey...), o que gera a fúria de Kenobi, que por sua vez, por mais que parecesse que iria perder (dentro do filme, claro, na real não havia tensão pra quem assistiu a trilogia clássica), acaba por ganhar de Maul, simplesmente o cortando ao meio! O primeiro Jedi a derrotar um Sith em anos.

Vale mencionar que Qui-Gon já havia lutado contra o Darth Maul, num cena curta de luta em Tatooine.

2002
Neeeooooooooooooooon
LIGHTSABERS!! DE TODAS AS CORES!! (isso é uma frase de um fã gritando, ou pode ser um varejista). YODA LUTANDO!!

Bem... A batalha na arena de Geonosis é... Não sei bem como explicar... Me questiono o motivo deles todos terem descido para a arena, levando em consideração que eles estavam em vantagem melhor ali em cima.

Freeedooom!
Logo após isso, temos mais um "eco" da série: Anakin tem o membro decepado pelo conde Dookan, após um show off que tenta enquadrar da mesma forma a luta entre Luke e Darth Vader no episódio V. Mas Obi-Wan e Anakin foram derrotados lamentavelmente, quem irá vir para pôr ordem nesta bagaça? Mestre Yoda surge todo fodão, e luta saltitando como um daqueles sapos alucinogêneos que auto drogou contra o um habilidoso espadachim que tem o rosto do Christopher Lee digitalmente colocado nele (uma evolução desde aquele filme do Bruce Lee pós-morte).  


Méh :/

2005


Então... Aqui a coisa se expande ainda mais; a começar que esse filme é o menos ruim de toda essa trilogia, chega até ser um bom filme. Esta é realmente a queda dos Jedi e do Anakin ao Lado Sombrio total. E isso se intensifica quando Anakin e Obi-Wan vão numa missão de resgate do senador (certo?) Palpatine. Ele se deparam com o Conde Dookan, que subjuga Obi-Wan de novo, mas fica na linha tênue entre vida e morte quando Anakin tem a escolha de deixa-lo vivo, como um Jedi honroso, ou mata-lo, assim se vingando do mesmo como um Sith em ascensão. Essa cena é muito bem arquitetada, pois Anakin tem o seu lightsaber azul e o vermelho do Dookan preparados para cortar a cabeça do mesmo, e isso demostra a dualidade entre o lado bom e negro da força que Anakin trafega. Como muitos esperam, Papaltine faz com que Anakin decapite Dookan

Obi-Wan acaba reencontrando com o general Grievous, personagem inicialmente introduzido na série animada "Star Wars: Guerras Clônicas", de Genndy Tartakovsky (Samurai Jack, O Laboratório de Dexter), e que era um adversário competente, muito competente, já que ele tem quatro braços segurando lightsabers de Jedis que ele matou! Conceito sensacional. O resultado final da cena... Nem tanto. É satisfatória, mas poderia ter tido um desenvolvimento e desfecho melhor.


Mas esta é A Vingança dos Sith (ou melhor, do Sith), e então o master mind do Império Galáctico se revela perante os Jedis que vieram captura-lo, entre eles, Mace Windu e Kit Fisto. Papaltine, ou melhor, Darth Sidious, com um estilo de luta diferenciado, mata todos os Jedi presentes, com exceção de Windu, que leva a melhor (ou será que não foi ele que deixou pois sabia que Anakin já estava se aproximando?), e quase o mata, se não fosse por Anakin corta sua mão fora junto com seu lightsaber (ecos), e imediatamente Papaltine simplesmente... Não sei como descrever... Uma morte bad motherfucker.


Nessas piruetas, é incrível como nenhum dos dois caiu na lava
Mas é chegada a hora: o embate final entre as últimas esperanças da galáxias e os futuros tiranos da mesma. Numa luta super bem coreografada (embora a sensação de tensão não exista, mas ainda assim a cena diverte muito), e bem mixada com a batalha final de Yoda contra Darth Sidious (sua representação é menos ruim aqui do que na luta contra o conde Dookan), é bem emociante e divertido ver como os velhos amigos (embora a direção de merda do Lucas não deixe aparentar) começam a lutar até a morte, e como Kenobi não tem outra opção se não mata-lo, enquanto que Anakin tem motivações (pelo menos no conceito, e não na execução de merda que Lucas fez) muito ótimas, e pretende defende-las, se aliando assim, ao Lado Negro, e consequentemente, se tornando inimigo de Obi-Wan

Um final bastante satisfatório para uma trilogia que tem seu méritos, embora os mesmos sejam ofuscados pelos seus deméritos.

O Despertar da Força
2015

Cheguemos a mais recente entrada na série. O início de uma nova trilogia. Um ótimo inicio, ainda que tenham umas partes que me incomode, o filme é muito bom, e muito divertido. 

Procrastinador como sou, não fiz o post que queria sobre o filme, mas aproveito pra deixar minha humilde opinião fecal sobre o clímax do filme: a luta de Kylo Ren (personagem fodático!, por sinal), Rey e Finn é muito bom, particularmente gosto mais da curta luta de Finn e Kylo do que a de Rey, por ser até mais intensa ("TRAITOR!"), e mostrando a evolução no arco do Finn, de alguém que fujir da morte, mas ainda assim tenta ser um herói. Mas enquanto isso... Bem, temos basicamente um remake da batalha nas Estrelas da Morte (isso nem eco é), que não é ruim, mas é totalmente ofuscada com a luta nos bosques. Não é (pelo menos ao meu ver) tão emocionante. 

Dentro do tema subjacente do filme, sobre luz e trevas ("Enquanto houver luz, nós temos uma chance"), é interessante ver que quando a Starkiller e consequentemente o planeta onde está, implode, forma um sol. Mas eu esperava que a resolução não fosse tão fácil (tinha algum inimigo tentando impedir as X-Wing mesmo? Como a Nova República não sabia dessa arma? Por que "Resistência"? Como eles descobriram tão rápido como destruir a Starkiller?), e até esperava que só a Starkiller parasse de funcionar e o planeta continuasse intacto (caramba, é um planeta com um canhão solar em seu centro!); fora os mesmo engenheiros de merda que construíram essa base (devem ter sido os mesmo que trabalharam para os Império, por isso que descobriram como destruí-la).
Mas enfim: essa cena foi bastante ofuscada pelo embate intenso entre o lado negro e bom (ou da luz) da Força.


Diferente da coreografia meticulosa da trilogia clássica e da porralouquice da trilogia prequel, aqui, a luta é tão amadora quanto eu ou você lutando com uma espada de plástico no quintal de casa ou na rua, quando era criança. 

Kylo é um jovem aprendiz (Sith, talvez?) ainda, e muito instável. Seu sabre já demostra isso: é algo rústico, sem acabamento, parecendo defeituoso, e diferente dos conhecidos.
Rey, como cresceu em Jakku, aprendeu a lutar com aquele seu bastão, e Finn é um soldado, é de se esperar que ele tenha um pouco de conhecimento sobre lutar com uma arma branca (?). Aliás, a luta dele contra o Stormtrooper é um caso a parte a ser comentado.

Mas enfim, após Rey definitivamente aceitar que ela tem a Força, ela pega o lightsaber de Anakin (será que o sabre estava rejeitando o chamado de Kylo, ou era mesmo a Rey competindo para pega o sabre? Ou era neve?), e começa a batalhar com Kylo. O combate entre dois poderosos usuários da força. E no momento decisivo, Rey canaliza a força, e vence o mestre dos cavaleiros de Ren.


Nem citei a cena de Obi-Wan contra Jango Fett, ou do Luke contra aqueles subordinados do Jabba. E nem precisava citar essa cena de aproximadamente uns 20-25 segundos, onde Finn luta pela primeira vez com a lightsaber do Anakin (acho isso meio estranho, pois no inicio do filme ele sentiu a morte daquele stormtrooper, e ai vem essa cena, onde ele atravessa um deles com o sabre, sabendo que muitos deles são tão "vítimas" quanto ele foi). 

Como, não só a produção desse filme, mas de toda essa franquia pós-compra da Disney decidiu utilizar das artes conceituais de Ralph McQuarrie para as produções da série, é interessante notar que esse conceito do Stormtrooper com um escudo e uma espada (só que nesse caso, uma... arma de choque) foi aplicado nesse filme (numa luta onde o Finn dura menos do que quando ele vai lutar contra o Kylo... Que é extremamente forte e violento). Não só ele, mas por exemplo, os motores das X-Wings que se dividem em dois, que McQuarrie propôs, foram aplicados aqui; o Chopper de "Star Wars: Rebels" é baseado na primeira arte conceitual do R2D2 (aquela arte que o C3PO ainda era um rip-off  da Maria de "Metropolis"), etc.



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