Por Trás da Mídia #5: SOS Jornalismo?


Fala pessoas, estou de volta, tudo certinho com vocês? Desculpem pela ausência nas últimas semanas (duvido alguém ter notado), tive alguns problemas de saúde, literalmente desmaiei na quarta-feira passada, mas já me recuperei e hoje trago um debate meio polêmico e complicado e pra iniciar deixo aqui uma afirmação: A profissão de jornalista vai sofrer MUITO nos próximos anos.

Não deve ser segredo pra ninguém que eu faço jornalismo, tenho muito orgulho de contar, como meus professores costumam dizer, “jornalista se acha importante e acha que pode mudar o mundo”, não posso discordar dessa frase porque realmente acho muito importante minha futura profissão e sei o quanto ela é essencial para a sociedade. Mas também admito que tenho um certo medo das barreiras que existirão no futuro. 

Começando a conversa, alguns de vocês devem saber que a profissão de jornalista até alguns anos atrás não exigia sequer diploma, qualquer um poderia exercê-la, o que acarreta em outro problema: Muitos jornalistas acabam trabalhando sem carteira assinada, o que faz com que todos direitos trabalhistas como férias, 13º salário, horas extras e licenças em geral sejam perdidas. 

Felizmente isso vem mudando e o diploma não só se tornou obrigatório como também estamos sendo levados mais a sério. Mas esse último parágrafo já mostra como essa profissão pode acabar sendo ingrata.


RECOMENDAÇÃO DE FILME
Continuando o texto, eu conclui o primeiro parágrafo dizendo que a profissão deveria sofrer muito nos próximos anos, e isso é claramente observado por qualquer um que comece a analisar a sociedade atual. 

Vivemos em um mundo onde as informações pulam em nós sem precisarmos procura-las, onde o celular se tornou um acessório de mão mais utilizado que pulseiras ou anéis, as pessoas estão começando a se acostumar com tudo muito rápido e fácil, é ai que entra o problema.

Do que adianta eu ter feito quatro anos de faculdade e ter aprendido todas as maneiras corretas de redigir uma notícia se o leitor prefere saber do fato resumido em duas linhas através de uma página do facebook? 

O jornal impresso sabe que as pessoas já começaram a procurar a internet para buscar informação e apesar de achar que o impresso está longe de acabar, ele já começa a perder o poder triunfal que ele tinha nas décadas de 40,50,60 até o surgimento das primeiras emissoras de rádio e TV. 

As pessoas não se interessam mais em longos textos bem elaborados com muito conteúdo. A população quer algo rápido de ser lido e fácil de ser entendido, isso me assusta como jornalista. 

Mesmo que o diploma voltando a ser algo obrigatório para jornais, tvs e rádios, ele não impede que populares se tornem repórteres no cotidiano. Como você tem acesso a um homicídio que aconteceu na sua cidade? Através do jornal, da rádio ou da tv da sua cidade, ou através daquela página do facebook que é administrada por populares e recebe fotos enviadas por populares? 

Como jornalista não posso competir com a rapidez que a internet permite que uma notícia se propague, antes de um programa de tv exibir sua matéria sobre o crime todo facebook e whatsapp já tem todas as informações importantes, é uma disputa desleal. 


Esse é o primeiro ponto que me assusta quanto ao jornalismo e o segundo é que infelizmente nossa sociedade está se transformando um pouco “complicada” quando se diz respeito ao receber opiniões de outras pessoas. Eu usei a palavra “complicada” para ser educado, porque realmente, minha linha do tempo do facebook às vezes me dá nojo. 

Começando:

- As pessoas acreditam em TUDO que leem. Isso é muito assustador, se eu pegar uma foto da Dilma, escrever qualquer frase por cima e jogar no facebook, me pergunto quantas centenas de pessoas não vão compartilhar acreditando cegamente que essa frase realmente foi dita por tal pessoa, sem ao menos fazer uma pesquisa mínima para confirmar se é verdade.

- As pessoas não respeitam a opinião dos outros. Isso é ainda mais assustador, a sociedade brasileira cada vez mais se fecha em barreiras ignorantes e acabam se tornando pessoas totalmente fechadas a outras opiniões, são pessoas que defendem sua visão e nunca vão aceitar que possa existir outra. Pessoas que além de acreditar cegamente que SEMPRE estará certo, vai lutar até a morte para mostrar o quanto você está errado e o quanto você é idiota por pensar de uma maneira diferente.


- As pessoas classificam TUDO como preconceito. Por favor, eu não estou me referindo a ninguém, entenderam? EU NÃO ESTOU ME REFERINDO A NINGUÉM, mas cada vez mais fico assustado, parece que no futuro, todo texto escrito, uma vírgula usada errada será suficiente para eu me tornar um preconceituoso ou mostrar que estou defendendo determinado grupo social, isso vai de encontro ao que eu disse acima, além das pessoas não respeitarem uma opinião diferente, muitas pessoas adoram analisar letra por letra de toda frase escrita pelas pessoas para encontrar algo que possa classificar a pessoa como preconceituosa. Tudo virou motivo para classificar alguém como determinado grupo, ninguém mais pode dar sua opinião sem se tornar ou homofóbico ou defensor das classes homossexuais e contra a família tradicional. Parece que o meio termo desapareceu e você não pode ser neutro nessa discussão, você tem que assumir um dos lados e procurar defende-lo, e esse aspecto é o que sem dúvida mais me assusta entre os três. 

Bom pessoal, vou terminando por aqui, perdi um pouco o ritmo de escrever, pra semana que vem espero trazer algo bem melhor. Esse texto é simples, só procurei mostrar algumas barreiras e problemas que os jornalistas vão encontrar no futuro,. Lembre sempre de comentar, sua opinião é sempre bem vinda e espero vocês na próxima edição.

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Olá, me chamo David Zorzin, tenho 20, estou cursando Comunicação Social com ênfase em Jornalismo e pretendo me especializar em convergência do conteúdo televisivo para a Internet.

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